quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Uma das coisas que mais me comovem neste mundo é o problema da fome. Às vezes parece que estamos pecando, quando mordemos um pedaço de um apetitoso pão ou nos deliciamos com um bom prato de comida. Em muitos momentos na minha vida as cenas de pessoas necessitadas vêm à mente, como para me lembrar quem sou, o que tenho e para que sirvo.

Hoje já não ouso reclamar de onde estou. Apesar de não desistir, continuar trabalhando e almejando coisas melhores, sei que o que tenho, ainda que pouco, é muito em relação a tantos que nada têm. Nunca precisei dormir na rua, nem mesmo passar dias sem comer algo decente. Teria vergonha se tivesse de qualificar alguns percalços da vida como necessidades. 

Ainda mais comovente é quando estas pessoas têm suas necessidades supridas, ainda que temporariamente. Suas feições se modificam, um brilho especial em seus olhos pode ser visto. Naquele momento é tudo o que possuem. Para muitos não há esperança, não há amor, apenas vivem; um dia após o outro. Para morrer como indigentes num mundo que não os acolheu.

Esta mesma realidade pode ser vista na igreja. É incrível como algumas pessoas podem reclamar da salvação. Problemas, que sequer poderiam ser assim chamados, os fazem reclamar da posição que ocupam e do conhecimento e graça que têm. Assim como o povo de Israel enquanto no deserto, ignoram o que possuem e enxergam apenas coisas ruins. Seus olhos e pensamentos têm o poder de tornar tudo negativo. Nestas horas lembro-me claramente das palavras de Cristo, dizendo: "...para que vendo, vejam, e não percebam; e ouvindo, ouçam, e não entendam..." (Marcos 4.12). 

Mas, assim como no mundo físico, podemos ver pessoas que encontram a Cristo exatamente na hora de maior necessidade. Essas têm em Deus o melhor alimento que poderiam encontrar. Em verdade Cristo certa vez disse: "Eu sou o pão da vida, quem vem a mim jamais sentirá fome." (João 6.35). 

Muitos têm fome não de pão, mas de um sentido maior para suas vidas. Sem Deus, a única conclusão a que um homem chega ao fim de sua vida, é que tudo o que foi feito, independente da grandiosidade, não tem sentido. Tenho conversado com muitas pessoas bem sucedidas, com famílias bem unidas, boa condição social, mas que não são felizes. É prazeroso apresentar Cristo a pessoas assim. É como se revivessem, encontrando um novo sentido para suas vidas. Vivem como se todo o tempo do mundo não fosse suficiente para recuperar o que perderam. 

Felizmente, nas igrejas ainda existem pessoas que sabem o valor de conhecer a verdade, de estar ao lado do Criador. Vivem com esperança, trabalham com vontade, aproveitam o tempo da melhor forma possível. Estão preparadas. E você, tem fome?

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